03 jun 2014

‘Temos de parar de reclamar’, diz Luiza Trajano

LIDE SC - Magazine Luiza - José Luiz Somensi

Lide SC – Magazine Luiza – Foto: José Luiz Somensi/Divulgação

Giovana Kindlein

“Não é que eu seja otimista, mas acho que temos de parar de reclamar. Eu sou uma cabeça de soluções” foi uma das ideias que a presidente da rede Magazine Luiza e advogada por formação, Luiza Helena Trajano, 63 anos, repetiu várias vezes aos 200 empresários catarinenses, entre eles, o presidente da Portobello, Cesar Gomes Jr. e o presidente do conselho de administração da Intelbras, Jorge Freitas, que participaram do almoço-debate promovido pelo Lide SC, dirigido por Wilfredo Gomes, presidente da unidade do Lide Santa Catarina.

Com um faturamento de R$ 10 bilhões em 2013, a presidente da rede Magazine Luiza e advogada por formação, Luiza Helena Trajano, 63 anos, circula pelo país fazendo palestras e falando sobre o seu negócio. Só esta semana, serão cinco. Antes de vir a Florianópolis, na segunda-feira esteve no Paraná, nesta terça-feira, de noite, estava programada para falar em um evento de João Dória Jr., do Lide nacional, em São Paulo, e nesta quarta-feira, dia 4, segue para Recife.

Segundo ela, reclamar e fofocar não dá em nada. “Estou fazendo uma campanha pelo Brasil para a gente parar de reclamar”, disse. “Vocês concordam comigo ou não? Se eu estou falando mal do Brasil, eu estou falando mal de nós”, instigou.

A empresária relembrou a conversa que teve com o CEO do grupo espanhol que comprou a Mallory. “Na Espanha não tem emprego para os jovens. Ele não entende porque nós choramos e lamentamos tanto. A Espanha não tem emprego para jovens de 20 a 25 anos. Eles estão desempregados. 85% dos estudantes que saem das faculdades universidade não tem emprego. Nós, no Brasil estamos vivendo uma era de pleno emprego”.

O sotaque do português é interiorano, mas a fala é ágil e rápida. “Disseram para eu falar de economia, vou apresentar alguns números: No Brasil, só 54% da população tem máquina de lavar automática; no Nordeste, esse número cai para 27%, só 8% têm televisão de tela plana; ar-condicionado cai para entre 1% e 2%”.

“O que movimenta a economia?”, questiona ela, respondendo em seguida: “Crédito, emprego e renda”. E continuou: “A minha missão no Brasil é gerar emprego é PPP – Pense primeiro na Pequena empresa”.

Luiza brincou com o empresário varejista catarinense, presidente da Lojas Koerich, Antônio Koerich, 77 anos, a quem se dirigiu diversas vezes durante a palestra, chamando-o de seu Antônio. “Eu e o seu Antônio estamos brigando para ver quem vende mais barato”. Também convidou Jorge Freitas para visitar Paraisópolis, em São Paulo.

Atendimento ao cliente

Durante aproximadamente uma hora de palestra e debate, Luiza Helena Trajano expôs sua metodologia de trabalho que transformou o Magazine Luiza em uma das principais redes de Varejo do país. Considerado o setor da economia que mais cresce e emprega no Brasil, o Varejo comporta, atualmente, 57% de todo o consumo da população brasileira.

Luiza considera o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente o termômetro de qualquer empresa de varejo. Segundo a empresária, inovação e investimento em pessoal são pontos considerados fundamentais para se fazer a diferença em qualquer negócio.

Perguntada sobre a concorrência entre lojas físicas e virtuais, ela explicou que 57% das pessoas que entram na loja virtual buscam o endereço da física, e que as lojas físicas passaram por uma transição no mercado de varejo, já que se tornaram ambientes de experimentação, verdadeiros “parques de diversão” para a classe C, lucrativos para as empresas e fundamentais para a experiência de compra e satisfação.

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Via: economiasc.com.br