04 jun 2014

Variações climáticas e pragas preocupam produtores

índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) é realizado pela Fiesp e OCB. Foto: Divulgação

índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) é realizado pela Fiesp e OCB. Foto: Divulgação

Variações climáticas são a maior preocupação de produtores. É o que diz a última sondagem do índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), referente ao primeiro trimestre de 2014, lançado na semana passada, em São Paulo, pela Fiesp e OCB, com apoio da Andef e Anfavea. Os prejuízos que as pragas, doenças e ervas daninhas têm levado às lavouras ficaram em segundo lugar e a escassez de mão de obra qualificada ficou em terceiro.

A percepção de alerta em relação aos prejuízos com a produtividade é reforçada em outro item que aponta a intenção dos agricultores em investir mais em tecnologia. “Se a segunda maior preocupação do produtor é o ataque de pragas, é natural que ele tenha a intenção de investir mais em remédio para as plantas”, destaca Eduardo Daher, diretor executivo da Andef. “A possibilidade de entrada de novas pragas, diante dos eventos internacionais que o País vem sediando, também é um fator decisivo para essa expectativa”.

De modo geral, o Índice apresentou queda de dois pontos no primeiro trimestre de 2014, em comparação ao último trimestre de 2013. Na escala de 0 a 200, o IC Agro geral (que abrange os segmentos “antes” e “depois da porteira” mais o “produtor agropecuário”) variou de 104,5 para 102,7 pontos, demonstrando uma percepção ainda mais cautelosa em todos os elos da cadeia. Na análise por elo da cadeia, todos apresentaram variações negativas: “Indústria Antes da Porteira” (- 8 pontos), “Produtores Agropecuários” (- 0,4 ponto) e “Indústria Pós Porteira” (- 0,6 ponto).

“Embora pessimista em relação à situação atual, a indústria ´antes da porteira´ mostra-se otimista em relação às expectativas futuras. Seja em relação ao setor em que atuam, ou à economia brasileira, eles acreditam que o cenário mudará para melhor”, explica o diretor do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp, Benedito da Silva Ferreira. “Esse otimismo foi influenciado, especialmente, pelas revendas, indústrias de defensivos agrícolas e os bancos que financiam o setor”.

Já os produtores agropecuários se mostraram satisfeitos em relação aos preços e à confiança no setor. Porém, isso não foi suficiente para manter o Índice de Confiança deste elo em alta. A desesperança com a economia brasileira e os custos de produção puxaram os resultados de 97,5 para 97,1.

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Via: economiasc.com.br