04 jun 2014

Programas de fidelidade são mal aproveitados

Bruno Nissental meio corpo

Bruno Nissental*

O mercado de fidelidade ainda é pouco explorado no Brasil, comparado a países como Estados Unidos e Canadá. Para se ter uma ideia, os pontos acumulados por fidelização movimentam U$ 48 bilhões por ano nos Estados Unidos. No Brasil, esse valor varia entre 2 e 3 bilhões de dólares.

O número de pessoas que utiliza programas de fidelidade no País também é baixo. Entre 5% e 10% da população participa de algum programa. No Chile esse percentual é de 20% e no Canadá/EUA é de 70%.

A má utilização dos pontos disponibilizados por programas de fidelidade também é perceptível no mercado brasileiro. No ano de 2010 o Banco Central fez um levantamento dos programas de fidelidade de cartões de crédito e descobriu que havia um estoque de aproximadamente 600 bilhões de pontos. A mesma instituição aponta que, aproximadamente, 100 bilhões de pontos deixam de ser utilizados por ano, o equivalente a 5 milhões de passagens aéreas entre o Brasil e qualquer destino da América do Sul.

Santa Catarina fica na média quanto à utilização do sistema de pontos, quando comparada à média nacional, que é de 5% a 10%. Estima-se que o Estado tenha 4% dessa fatia.

Foi pensando nesse mercado que a startup catarinense Oktoplus desenvolveu um portal para facilitar o controle dos programas de fidelidade. Gratuito, o Oktoplus reúne todos os programas disponíveis no Brasil em um único lugar.

O que possivelmente influencia no ritmo de crescimento do mercado de fidelidade são as dificuldades enfrentadas para gerenciar programas. Usuários afirmam que é complicado lembrar-se de todos os logins e senhas, entender as regras de cada programa e comparar as opções de resgate de pontos e milhas aéreas. Muitos são cadastrados em programas e nem sequer lembram de usar, ou não aproveitam a oportunidade de usar dois programas em uma única compra, por exemplo, quando há a possibilidade.

Para esse cenário mudar, é necessário que o brasileiro crie o hábito de utilizar esse tipo de benefício, procurando por ferramentas que facilitem sua vida. Comprar roupas, eltrodomésticos, livros ou uma infinidade de utensílios sem gastar um real ou até fazer a viagem dos sonhos pode ser muito mais simples do que se pensa.

*Bruno Nissental
Especialista em programas de fidelidade, morador de Florianópolis

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Via: economiasc.com.br