22 jul 2016

Aumento de custos retrai setor de serviços catarinenses

O setor de serviços catarinense sofre os impactos da desaceleração do comércio, cuja variação do volume de vendas no acumulado de 12 meses encontra-se em níveis baixos (-7,2%), e da indústria, que em 12 meses recuou 9,5% no Brasil e 8% em Santa Catarina.  De acordo com a Pesquisa Mensal do Serviço (PMS) de maio, divulgada pelo IBGE, a receita nominal dos serviços catarinenses retraiu -0,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, abaixo da inflação acumulada no período de 9,32%, segundo o IPCA. Portanto, um resultado real negativo de -9,62%. No acumulado de 12 meses, a variação da receita nominal se encontra em 0,7%.

 

Este é 24º mês consecutivo no Brasil e o 17º em Santa Catarina que o faturamento cresce abaixo da inflação oficial. “A variação do faturamento não consegue fazer frente ao aumento dos custos e, assim, diminui cada vez mais a capacidade do setor em manter uma boa saúde financeira. Situação que já está trazendo fortes impactos negativos ao diminuir as margens de lucro, os investimentos e aumentar as demissões do setor, contribuindo para a retração geral da economia”, frisa Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio SC.

 

No Brasil, a receita nominal registrou uma pequena alta de -0,7% na comparação com maio de 2015. A taxa acumulada em 12 meses (de junho de 2015 a maio de 2016) foi de 0,4%. Quanto à variação da receita nominal nas atividades turísticas, houve uma retração tanto a nível nacional, quanto estadual, nos últimos 12 meses. No Brasil, a taxa chegou a 0,2% em maio, contra os 0,4% de abril. Em Santa Catarina, atingiu 0,7%, após registrar 0,9% no mês de abril.

 

Os serviços andam juntos com a atividade industrial, especialmente aqueles que se relacionam com os transportes, cuja queda em maio foi de 4,4% na comparação com maio de 2015 no Estado. Este segmento foi o principal responsável pelos resultados negativos tanto no Brasil, quanto em Santa Catarina.