
Resultado de 2014 mantém SC como terceira maior malha de distribuição do país. Foto: Divulgação
Santa Catarina fechará o ano de 2014 com a implantação de 37,6 km de rede de distribuição de gás natural, totalizando uma malha de 1.083 km de gasodutos. O investimento ultrapassou os R$40 milhões em quatro projetos estruturantes: Projeto Serra Catarinense, e os Projetos Santo Amaro da Imperatriz, Criciúma Global e Urbano Tubarão.
Até o fim do ano, espera-se um saldo de interligações de 13 clientes industriais, 1.344 unidades residenciais e 5 unidades comerciais. Apenas o mercado industrial, que representa mais de 80% do consumo de gás natural no Estado, incrementou em contratos o equivalente a 18 mil m³/dia de gás, um aumento de 1,1% em relação a 2013. O mercado GNV contabilizou 4 interligações de postos de combustível no período.
Com a expansão, 2014 termina com um saldo de 36 municípios atendidos no segmento industrial, 50 no automotivo, 25 no comercial e 6 no residencial, totalizando 62 municípios com clientes interligados. O número coloca Santa Catarina como o segundo estado que mais atende municípios no Brasil.
O presidente da SCGÁS, Cósme Polêse, comemora os resultados positivos e as notícias em relação a oferta de insumo. “Continuamos crescendo em atendimento e malha e muito próximos do limite de oferta de gás natural, mas a notícia da implantação de um Terminal de Regaseificação de GNL no Rio Grande do Sul nos garante entrar em 2015 com esperanças concretas de solução para este problema no médio prazo”.
Em 31 de novembro, o Grupo Bolognese adquiriu em leilão da Aneel o direito de exploração de duas usinas termelétricas e anunciou a construção de dois terminais de importação de gás natural liquefeito, o que permitirá a compra do insumo do mercado internacional e injeção de 8 milhões m³/dia de gás no mercado não térmico, o que pode triplicar a oferta do energético para Santa Catarina já em 2018.
Além da oferta extra oriunda do estado vizinho, Polêse afirma que a companhia segue com a agenda permanente da ampliação do suprimento. “Continuaremos com as negociações para a ampliação do contrato de fornecimento com a Petrobras, a repotencialização do Gasbol e investimentos em infraestrutura de transporte junto ao governo federal”, diz. O presidente cita os esforços da companhia em gerar tecnologia para extração e comercialização de biometano oriundo de dejetos da suinocultura e aterros sanitários. “Santa Catarina precisa urgentemente de mais gás para continuar crescendo de forma sustentável”.
Projeto Serra Catarinense
O maior projeto de expansão de malha de distribuição de gás no Brasil encontra-se em sua terceira fase de obras, com duas frentes de execução em andamento, na altura do município de Ibirama e Rio do Sul. Em 2014, o principal marco do projeto foi a travessia dos rios Itajaí-Açu, em agosto e Hercílio, em novembro – etapas de alta complexidade técnica, implicando na importação de máquinas perfuradoras de alta capacidade dos EUA.
O projeto levará a rede da região do Vale do Itajaí até o município de Lages, percorrendo 16 municípios da região serrana. Trata-se de uma importante obra estruturante para uma região carente em investimentos. “O gás natural levará investimentos e desenvolvimento, cumprindo o papel de diminuição das desigualdades socioeconômicas no Estado”, avalia Polêse.
Está previsto para 2015 o início de obras de expansão de malha para interligação de 11 clientes industriais, que adicionarão em contratos uma cota de 14,7 mil m³/dia. No segmento automotivo, a previsão de interligação é de 7 postos. Com isso, a rede de GNV, que chegou à marca de 50 municípios com a interligação de um posto em Corupá deverá alcançar 53 ao fim de 2015, com a inclusão de postos Balneário Camboriú, Apiúna, e Rodeio – os dois últimos integram a lista de interligações da nova rede do Projeto Serra Catarinense em 2015. No mercado urbano, projeta-se a gaseificação de 1.779 unidades residenciais e 26 comércios no período.
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Via: economiasc.com.br