
O setor acumula queda de 3,2% nos 11 primeiros meses de 2014. Foto: Divulgação
Em novembro de 2014, a produção industrial nacional teve queda de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após apresentar variações de -0,3% em setembro e de 0,1% em outubro. Os dados foram divulgados hoje, dia 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No comparação com novembro de 2013, o total da indústria apontou redução de 5,8% em novembro de 2014, nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde junho último (-6,9%). Assim, o setor industrial acumulou queda de 3,2% nos 11 meses do ano. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 3,2% em novembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).
A redução de 0,7% da atividade industrial na passagem de outubro para novembro mostrou resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto negativo foi registrado por produtos alimentícios, que recuou 3,4%. Outras contribuições negativas vieram das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,0%), metalurgia (-1,9%), indústrias extrativas(-0,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,8%) e máquinas e equipamentos (-1,0%).
Por outro lado, entre os 12 ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância foram assinalados por veículos automotores, reboques e carrocerias (1,2%), produtos diversos (11,9%), produtos farmacêuticos e farmoquímicos (3,6%) e produtos de minerais não-metálicos (1,3%). Vale ressaltar que essas atividades apontaram taxas negativas em outubro último: -2,0%, -3,7%, -10,3% e -2,1%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 2,1%, e bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%) assinalaram as quedas mais acentuadas, com ambas apontando dois meses seguidos de resultados negativos, período em que acumularam perdas de 3,6% e 1,8%, respectivamente.
O segmento de bens de capital, com variação negativa de 0,2%, também registrou queda na produção e interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 1,0%. O setor produtor de bens intermediários (0,0%) repetiu em novembro de 2014 o patamar do mês anterior e mostrou variação nula pelo segundo mês seguido.
No índice acumulado para os 11 meses de 2014, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,2%, com perfil disseminado de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 61 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,3%).
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-11,1%), metalurgia (-7,1%), máquinas e equipamentos (-5,6%), outros produtos químicos (-4,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,5%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%) e produtos alimentícios(-0,9%). Por outro lado, entre as sete atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (5,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos 11 meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-9,1%) e bens de capital (-8,8%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-15,0%), na primeira, e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,5%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (-2,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também assinalaram resultados negativos no índice acumulado no ano, mas ambos com queda menos intensa do que a observada na média nacional (-3,2%). (IBGE)
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Via: economiasc.com.br