Por Helcio Kronberg*

Poucas pessoas têm acesso aos leilões, mas o que muitos não sabem é que eles são públicos e, portanto, abertos a todos. Nos pregões se vendem bens dos mais variados: carros, casas, terrenos, apartamentos, empresas, material de escritório, marcas, motos, utensílios, computadores, impressoras, obras de arte e muitos outros itens. Qualquer bem móvel ou imóvel pode ser leiloado, desde que determinado pela justiça.

Na minha profissão, como leiloeiro público oficial, faço leilões de bens com um preço muito abaixo do valor de mercado, e que é um ótimo negócio para quem quer investir. O valor pode chegar até a metade e, muitas vezes menos, do que o valor de mercado. Vou leiloar apartamentos por 180 mil reais, mas que são avaliados em, pelo menos, 280 mil. Também são leiloados bens de menor valor, como computadores, celulares, equipamentos industriais, máquinas, roupas, bebidas e acessórios.

Mas o investidor deve ter alguns cuidados na hora de comprar em um leilão. Cada leilão tem ritos e prazos diferentes, e isso depende do processo (execução, cível, falência, execução fiscal, etc). Nos judiciais, por exemplo, a entrega de imóveis arrematados se dá em até 90 dias depois de averbada a carta de arrematação, no registro de imóveis, na pior das hipóteses. Mas o recomendável é conversar com o leiloeiro que possui acesso ao processo.

*Helcio Kronberg é leiloeiro público oficial pela Junta Comercial do Estado do Paraná e leiloeiro rural pela Federação de Agricultura e Pecuária do Paraná desde 2000.

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Via: economiasc.com.br