09 jan 2015

Inflação oficial fechou 2014 em 6,41%

Apenas no mês de dezembro, os produtos e serviços tiveram uma alta de preços média de 0,78%. Foto: Divulgação

Apenas no mês de dezembro, os produtos e serviços tiveram uma alta de preços média de 0,78%. Foto: Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou o ano de 2014 com uma taxa de 6,41%. O índice está abaixo do teto da meta de inflação do governo federal, que é 6,5%.

Em 2013, a inflação oficial havia ficado em 5,91%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas no mês de dezembro, os produtos e serviços tiveram uma alta de preços média de 0,78%, ficando acima da taxa de 0,51% registrada em novembro em 0,27 ponto percentual. É a segunda maior taxa mensal do IPCA no ano, superada pela taxa de março, quando atingiu 0,92%. O ano de 2014 fechou, então, em 6,41%, acima dos 5,91% do ano anterior. Em dezembro de 2013, a taxa havia ficado em 0,92%.

As passagens aéreas, cujo impacto foi de 0,20 ponto percentual no índice, o item carnes, com 0,10 p.p., e a refeição fora de casa, com 0,07 p.p., foram os principais destaques individuais do mês. Somando 0,37 p.p. esses itens se apropriaram de quase a metade do IPCA do mês, 47%.

A elevação das passagens aéreas atingiu 42,53% e levou Transportes para 1,38%, o maior resultado de grupo no mês. Entre as regiões pesquisadas destacam-se Salvador e Campo Grande, ambas com 54,82%. No entanto, mesmo com o expressivo aumento de dezembro, o item fechou o ano com 7,79% já que haviam registrado queda de 24,37% no acumulado até novembro.

Etanol (1,31%), automóvel novo (0,69%), ônibus intermunicipal (0,64%) e gasolina (0,61%) também são destaques no grupo Transportes. Na gasolina, a variação de 0,61% é reflexo, nas bombas, de parte do reajuste de 3,00% ocorrido nas refinarias desde 07 de novembro. No caso do etanol, o aumento de 1,31% já manifesta o início da entressafra da cana-de-açúcar.

No grupo dos alimentos, vários deles ficaram mais caros de novembro para dezembro, sobressaindo as carnes, 3,73% mais caras, e a refeição fora de casa que subiu 1,41%. O feijão com arroz, prato típico do brasileiro, também ficou mais caro. Os feijões chegaram a subir 9,26%, em média, enquanto o arroz ficou mais caro em 1,81%. A seguir, os principais produtos em alta.

Maior alta no IPCA – Dentre os índices regionais o maior ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,39%), pressionado pelo item energia elétrica, cujas contas subiram 3,46% em função do reajuste de 17,75% em uma das concessionárias desde o dia 07 de novembro. O item empregado doméstico também teve alta expressiva no Rio de Janeiro, de 1,83%. Além disto, o aumento nos preços dos alimentos consumidos fora de casa superou a média nacional, atingindo 2,28%. As regiões metropolitanas de Recife (0,42%) e Belo Horizonte (0,44%) apresentaram os índices mais baixos do mês, destacando-se os alimentos, que ficaram em 0,72% e 0,63%, respectivamente. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região

Peso Regional (%)

Variação mensal (%)

Variação
Acumulada
no ano (%)

Novembro

Dezembro

Rio de Janeiro

12,06

0,52

1,39

7,60

Brasília

2,80

0,15

1,30

6,29

Goiânia

3,59

1,21

1,11

7,20

Campo Grande

1,51

0,55

1,08

6,77

Belém

4,65

0,76

1,00

6,59

Vitória

1,78

0,03

0,84

6,17

Curitiba

7,79

0,43

0,84

6,66

Porto Alegre

8,40

0,39

0,80

6,77

Salvador

7,35

0,44

0,65

5,76

Fortaleza

3,49

0,81

0,63

6,03

São Paulo

30,67

0,5

0,63

6,10

Belo Horizonte

10,86

0,41

0,44

5,83

Recife

5,05

0,55

0,42

6,32

Brasil

100,00

0,51

0,78

6,41

O IPCA mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre 1 e 40 salários mínimos mensais.

As pesquisas são feitas nas Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm

(Fonte: Agência Brasil/IBGE)

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