Taxa de juros elevada contribuiu para a alta do índice. Foto: Divulgação

A inadimplência do consumidor cresceu 6,3% durante o ano de 2014 na comparação com o ano imediatamente anterior. Após as fortes altas em 2011 e 2012 (21,5% e 15,0%, respectivamente) e da queda de 2,0% em 2013, o índice de 2014 voltou a apresentar o mesmo ritmo de 2010, quando também fechou o ano com aumento de 6,3%.

Na comparação de dezembro do ano passado contra o mesmo mês de 2013, o indicador subiu 13,3%, sendo o oitavo aumento mensal consecutivo na comparação interanual, isto é, perante o mesmo mês do ano anterior. Os dados foram divulgados hoje, dia 13, pela Serasa Experian.

Segundo os economistas da Serasa Experian, apesar de o consumidor ter sido desestimulado a ampliar seus níveis de endividamento no ano passado, o aumento quase que contínuo das taxas de juros (pressionando o custo de carregamento das dividas), a estagnação da economia, a inflação elevada e o enfraquecimento do mercado de trabalho contribuíram para o crescimento da inadimplência do consumidor, revertendo o recuo de 2,0% observado em 2013.

O valor médio das dívidas não bancárias apresentou alta de 12,7% no acumulado do ano de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio dos cheques sem fundos também teve crescimento de 7,2%. Já os valores médios dos títulos protestados e das dívidas com os bancos registraram quedas de 0,4% e 3,3%, respectivamente.

Em dezembro de 2014, na comparação com o mês anterior (novembro), todas as modalidades da inadimplência do consumidor tiveram alta e fizeram com que o indicador registrasse no último mês de 2014 avanço de 4,9%. As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) e a inadimplência com os bancos apresentaram variações positivas de 4,8% e 3,2% e contribuíram com 2,2 p.p. e 1,5 p.p., respectivamente. Os títulos protestados e os cheques sem fundos registraram alta de 13,5% e 15,1% e contribuíram com 0,2 p.p. e 1,1 p.p., respectivamente.

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Via: economiasc.com.br