Maior evento sul-americano do setor discute planejamento, construção e gestão. Foto: Divulgação

Com 201 milhões de pessoas, 60% das cidades brasileiras têm menos de 50 mil habitantes, com praticamente nenhuma estrutura de saúde. O Brasil hoje tem 2,5 leitos para cada mil habitantes, quando o ideal seriam quatro. A falta de profissionais qualificados em cidades menores se dá, principalmente, pela inexistência de infraestrutura adequada para que possam trabalhar. Esse cenário, que inclui planejamento, construção e gestão dos ambientes de saúde, estará em debate no maior evento sul-americano do setor – VI Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, de 27 a 29 de agosto, em Florianópolis.

Promovido pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH) o encontro reunirá cerca de 500 profissionais de escritórios de arquitetura e engenharia clínica, administradores hospitalares, médicos, psicólogos, pedagogos e dentistas em uma programação dividida entre conferências dos maiores especialistas brasileiros e continentais, visitas técnicas aos hospitais públicos e privados de Florianópolis e a apresentação de trabalhos científicos.

“O planejamento é o principal aliado para evitar o desperdício na área da saúde. Com as verbas disponíveis poderia ser feito muito mais se tudo fosse pensado de acordo com as necessidades de cada localidade”, afirma Fábio Bitencourt, presidente da ABDEH. A ideia do Congresso é alertar para que a organização envolvendo estrutura física, médicos, planejamento e gestão sejam analisados em conjunto.

O tema é significativo e emblemático: Excelência em Ambientes de Saúde: experiências e evidências. “A eficiência e segurança de um empreendimento de saúde está cada vez mais associada à localização, aos projetos e à manutenção adequada”, alerta o arquiteto Emerson Silva, presidente do Congresso, “além da adaptação aos novos tratamentos, profissionais e tecnologias incorporadas pela medicina contemporânea”. Segundo ele, o Brasil tem uma das mais avançadas legislações sanitárias mundiais, porém se ressente de fiscalização. “Quase todos os hospitais carecem de adaptações e os novos empreendimentos precisam estar em conformidade com e lei”.

Hospitais da capital catarinense serão visitados por participantes do VI Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar: Baía Sul, Caridade, Florianópolis e Unimed. “Será uma oportunidade para reflexões críticas acerca dos nossos avanços e deficiências”, observa Silva.

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Via: economiasc.com.br