
Marcos Antônio Zordan diz que haverá forte pressão nos preços e os custos deverão subir acima do normal em 2015. Foto: Divulgação
O ano será de ajustes, cortes, queda de consumo e perda de dinamismo econômico. Mesmo assim, as cooperativas catarinenses deverão crescer entre 10% e 12% em 2015, de acordo com a previsão do presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan. Ele lembra que o cooperativismo do Estado tem sempre crescido acima de todos os índices oficiais e avalia que, neste ano, haverá forte pressão nos preços e os custos deverão subir acima do normal.
“Acreditamos que 2015 será um ano-teste, não só para o cooperativismo, mas, para nós brasileiros que trabalhamos honestamente. Teremos mais dificuldades no crédito, concorrência mais acirrada pela provável sobra de produção causada pelo baixo consumo. Teremos que ser mais ágeis, avaliarmos cada passo a ser dado. Isso tudo porque o Governo deverá ajustar suas contas apertando todos nós para pagar esse déficit”, afirma Marcos Antônio Zordan.
O presidente da Ocesc enfatiza que, para alguns ramos, como o setor das carnes, 2015 não deverá ser tão ruim quanto preveem os analistas financeiros. “As cooperativas em geral, estão preparadas e seus dirigentes também, sempre reservando a condição de que a autogestão,a participação efetiva do sócio e uma boa governança são prerrogativas básicas para que isso aconteça.”
Em 2014, o crescimento das cooperativas de Santa Catarina dever ficar entre 12 a 15%, um pouco menor que 2013. Isso acontece principalmente pela queda dos preços dos produtos nas cooperativas agropecuárias, que representam em torno de 65% das receitas totais.
Entre as conquistas do setor no ano passado, Zordan destaca a aplicação prática dos princípios do setor, em especial o quinto, que trata da educação, formação e informação e o sétimo, que é o interesse pela comunidade. Ele lembra, ainda, que a primeira empresa a exportar seus produtos (carne) para os Estados Unidos foi uma cooperativa, a Coopercentral Aurora Alimentos, de Chapecó. Na visão da Ocesc, a maior derrota do setor em 2014 foi não conseguir a aprovação da lei estadual do Cooperativismo.
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Via: economiasc.com.br