22 set 2014

Consultor do Banco Mundial fala do Brics na Fiesc

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Participaram do encontro representantes da Fiesc, alunos e empresários catarinenses. Foto: Alana Pastorini

Alana Pastorini

“A China precisa aprender com as políticas sociais do Brasil e o Brasil precisa aprender com as políticas capitalistas da China”, disse o ex-vice-presidente do Banco Mundial, Otaviano Canuto, durante seminário realizado nesta segunda-feira, dia 22, na Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), em Florianópolis.

Canuto, que atualmente é consultor do banco, citou principalmente a China ao falar sobre o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Não podemos negar que a China é a maior potência do grupo. Conseguiu em aproximadamente 30 anos reduzir a pobreza, ter um crescimento sustentável e uma grande evolução na renda per capita. O Brasil precisa aprender com a China. E eles, por sua vez, precisam aprender a como fazer políticas sociais. É uma troca de experiências, um dos objetivos do Brics”, destacou o ex-vice-presidente do Banco Mundial.

Nesta linha de raciocínio, o responsável pela área de planejamento e controle de gestão da Fiesc, Carlos Henrique Fonseca, explica que devido ao baixo custo de produção de itens na China, o Brasil está perdendo mercado e até empresas, pois muitas delas estão migrando para lá. “É preciso ganhar produtividade, pensar diferente e, principalmente, produzir diferente. Não podemos nos acomodar ou vamos recuar economicamente”, avaliou Fonseca.

O estudante de relações internacionais Pedro Arthur Paludo, veio especialmente de Itajaí para participar do encontro. Ele conta que em 2015 pretende trabalhar na China e por isso, quis obter mais informações sobre o cenário econômico e as perspectivas daquele país. “Quero ir preparado e entender porque chamam a China de grande potência. Por isso, meu interesse no seminário”, afirmou.

Em relação ao Brics, Canuto informou que a próxima reunião dos países membros deve ocorrer somente no próximo ano. A concretização do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) – anunciado durante reunião de cúpula em Brasília, em julho passado – também está prevista para 2015. O capital inicial do banco será de US$ 50 bilhões, dividido igualmente entre os membros do Brics.

Além disso, a instituição terá sede em Xangai, na China. A presidência do banco será rotativa entre os membros, e a Índia será o primeiro país a chefiá-lo. “A criação do banco é uma alternativa para as necessidades de financiamento dos países em desenvolvimento”, ressalta Canuto. Ele reforça ainda que o grupo surgiu em 2006 para ganhar forças nas disputas internacionais e aproximação política.

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Via: economiasc.com.br