
Contração deste ano será maior, representando aumento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2013. Foto: Divulgação
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o comércio varejista irá gerar no final deste ano, 138,7 mil novos postos de trabalho temporário, o que equivale ao crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2013. Dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregos (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, indicam que o comércio varejista acumula redução de 78,2 mil postos de trabalho, de janeiro a julho.
“Se fizermos uma série histórica do crescimento dos trabalhadores temporários, será o pior resultado desde 2009. É um crescimento fraco, mas, ainda assim, é um crescimento”, informou o economista Fábio Bentes, da CNC. Acrescentou ainda que o período de contratações ocorre entre setembro e novembro.
Apesar disso, estimou que os postos temporários contribuirão para a recuperação dos empregos no setor.
“Em todas as datas comemorativas, este ano, o setor perdeu força em comparação com o ano passado. Por isso, o fator sazonal ficou mais evidente, mas sem dúvida, alguma vai fechar o ano no azul”, expõe.
Segundo Bentes, tradicionalmente 15% das vagas temporárias são absorvidas pelo mercado de trabalho, mas este ano ele não acredita que isso se repita, porque o comércio não está com o mesmo desempenho de períodos anteriores. “É um momento de cautela, e envolve um custo relativamente elevado. Certamente, o empresário vai esperar a virada do ano para ver se retoma as contratações”, esclareceu.
O economista explicou que o número de vagas costuma acompanhar o resultado das vendas. No ano passado, as contratações temporárias aumentaram 3,2% em relação a 2012, para atender à expansão de 5,1% das vendas. A previsão para este ano é uma elevação menor, de 3% nas vendas, com movimentação financeira de R$ 32,5 bilhões. Ele acrescentou que o melhor Natal no histórico recente foi em 2010, quando as vendas subiram 9,5% e a contratação 7,2% na comparação com 2009.
O ramo de vestuário e calçados, que em geral abre mais vagas, por causa do impacto das vendas de fim de ano, deverá responder por quase metade (48,7% do total) das contratações. Somente em dezembro, o faturamento do setor costuma crescer 90% em relação ao mês anterior, por causa do fator sazonal.
“Isso acontece porque, dos segmentos do varejo, é o ramo onde se encontra produtos com valores unitários relativamente baixos. A pessoa que está com pouco dinheiro compra itens de R$ 10 ou R$ 15 e consegue presentear. Mesmo em anos em que o varejo não vai bem ele se destaca”, comentou Fábio.
O segmento de hiper e supermercados, que historicamente é o maior empregador do comércio varejista, deverá ficar em segundo lugar com 26,1 mil postos temporários (18,9%). Se a estimativa se confirmar, haverá elevação de 2,7% em relação às 25,5 mil vagas temporárias criadas no fim de 2013.
Ainda de acordo com a CNC, o maior salário de admissão deverá ocorrer no ramo de farmácias e perfumarias (R$ 1.142), mas em contrapartida o segmento deverá ofertar apenas 3,8% das vagas totais a serem criadas no varejo.
Bentes disse ainda que a falta de crédito mais barato vai prejudicar as vendas no segmento de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos. “O crédito que a pessoa física toma no banco está muito mais caro. Isso vai atrapalhar as vendas, que dependem do crédito”, destacou.
The post Comércio prevê 138,7 mil empregos temporários appeared first on Economia SC.
Via: economiasc.com.br

Rua 902, 530 – Centro – Bal. Camboriú/SC cdl@cdl-bc.com.br 47 3261 3300
