09 dez 2014

Cesta Básica tem aumento em 12 cidades

Florianópolis (SC) reduz valor da cesta básica, mas continua com a maior média do ano. Foto: Divulgação

Florianópolis (SC) reduz valor da cesta básica, mas continua com a maior média do ano. Foto: Divulgação

Em novembro, houve aumento dos preços do conjunto de bens alimentícios essenciais em 12 das 18 cidades onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas foram registradas em Brasília (5,86%), Aracaju (3,82%), Goiânia (2,90%) e Campo Grande (2,52%). As reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-3,03%), Natal (-2,39%), Recife (-2,29%), Florianópolis (-1,86%), Salvador (-0,81%) e João Pessoa (-0,56%).

São Paulo foi a cidade onde foi apurado o maior valor para os produtos essenciais (R$ 347,96). O segundo maior custo foi observado em Florianópolis (R$ 346,61), seguido por Porto Alegre (R$ 342,62). Os menores valores médios para o conjunto de gêneros básicos foram verificados em Aracaju (R$ 241,72), Salvador (R$ 255,72) e Natal (R$ 258,93).

Com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em novembro deste ano, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.923,22, ou 4,04 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em outubro, o mínimo necessário era maior, de R$ 2.967,07, ou seja, 4,10 vezes o piso vigente. Em novembro de 2013, era menor e correspondia a R$ 2.761,58, ou 4,07 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).

Variações acumuladas – No acumulado de janeiro a novembro de 2014, 14 cidades apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (11,50%), Brasília (10,81%), Florianópolis (8,54%) e Goiânia (7,69%). As reduções foram verificadas em Natal (-5,28%), Salvador (-3,55%), Belo Horizonte (-0,86%) e Recife (-0,09%).

Em 12 meses, entre dezembro de 2013 e novembro último, 15 cidades tiveram variações positivas, com destaque para Florianópolis (17,07%), Goiânia (16,25%), Brasília (12,12%) e Aracaju (10,52%). As reduções aconteceram em Natal (-4,78%), Salvador (-1,62%) e Belo Horizonte (-0,41%).

Cesta e salário mínimo – Em novembro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 91 horas e 44 minutos, cerca de 40 minutos a mais do que a registrada em outubro, 91 horas e 05 minutos. Em novembro de 2013, a jornada comprometida era maior, já que naquele mês foram necessárias 93 horas e 25 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 45,32% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que em outubro demandavam 45,00%. Em novembro de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta era maior e equivalia a 46,16%.

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Via: economiasc.com.br