23 set 2014

Candidatos apresentam suas propostas na Fecomércio

Painel contou com a participação dos candidatos Paulo Bauer, Eduardo Pinho Moreira, representando o governador licenciado Raimundo Colombo, e Claudio Vignatti. Foto Cristiano Prim/Divulgação

Painel contou com a participação dos candidatos Paulo Bauer, Eduardo Pinho Moreira, representando o governador licenciado Raimundo Colombo, e Claudio Vignatti. Foto Cristiano Prim/Divulgação

Os principais candidatos ao governo do Estado de Santa Catarina participaram do painel promovido pela Fecomércio SC, na manhã de ontem, dia 22, no auditório da federação. Claudio Vignatti (PT), Paulo Bauer (PSDB-PSB-PP-PPS-PRTB-PHS-PEN-SD-PTC) e o candidato a vice-governador Eduardo Pinho Moreira, representando o governador licenciado Raimundo Colombo (PSD-PMDB-PR-PTB-PSC-PSDC-PROS-PV-PRB-PCdoB-PDT-DEM), que não pôde comparecer por questão de saúde.

O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, entregou aos candidatos um exemplar da Carta do Comércio, documento com o resultado de uma pesquisa realizada com os empresários do setor terciário para identificar os principais desafios enfrentados nas diversas esferas da administração pública e que afetam a produtividade e a competitividade das empresas. No documento, que foi distribuído também ao público que lotou o auditório da Fecomércio SC, são abordados temas como educação, inovação, infraestrutura, legislação trabalhista, ambiente econômico e captação de recursos.

“Em nossas reuniões regionais de Vice-Presidência, Conselho e de Diretoria, nos encontros promovidos por nossas Câmaras Empresariais, o debate acerca da situação econômica e das dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo está permanentemente em pauta. Por isso, esse diagnóstico se fez necessário para, justamente, identificarmos onde se localizam os gargalos que afetam o comércio de Santa Catarina, fazendo um levantamento detalhado sobre 45 itens que influenciam na nossa atividade econômica”, afirmou Breithaupt, que destacou dois pontos da Carta do Comércio, a avaliação da infraestrutura como o principal gargalo da economia de Santa Catarina e a a ausência de incentivos públicos para o setor terciário.

Propostas

Pela ordem do sorteio, o primeiro candidato a falar foi o petista Claudio Vignatti, que anunciou como compromisso de campanha que, se eleito, não aumentará tributos em Santa Catarina. Falando sobre a Carta do Comércio, Vignatti disse que a tarifa de energia elétrica de SC é a mais alta do país, e que sua proposta é diminuir o ICMS incidente sobre ela. Vignatti disse que pretende retomar o planejamento estratégico para o Estado, que segundo ele sofre com déficit de esgoto sanitário, com a precariedade dos aeroportos, ferrovias, duplicação de rodoviais e que, por esses problemas de infraestrutura, cresce menos que Paraná e Rio Grande do Sul.

Vignatti também afirmou que pretende modernizar a educação catarinense, acabar com a SDRs para e promover o enfrentamento ao crime organizado com o aumento do efetivo policial. Sobre investimentos, disse que sua intenção é fazer do Badesc um verdadeiro banco de desenvolvimento, criando um fundo garantidor para financiar o setor produtivo a juros mais baixos.

Segundo a falar, Paulo Bauer disse que as mudanças em Santa Catarina só serão possíveis se houver mudança, também, na forma como o país é administrado. Segundo ele, o país precisa de uma nova direção e de uma reforma política, com o fim da reeleição, financiamento público de campanha, nova regra para os partidos terem representação no Congresso, de maneira a impedir o grande número de legendas de aluguel.

Bauer também propõe uma reforma do pacto federativo, para que a União não concentre tanto os recursos gerados pelos estados e municípios. O candidato tucano lembrou que SC é o sétimo maior pagador de impostos do país, mas é o 17º na recepção de investimentos. Bauer também criticou o Custo Brasil, que impede o crescimento do país com taxas, burocracia e legislação trabalhista ultrapassada que não permite o desenvolvimento do setor produtivo. Bauer também criticou o número elevado de secretarias em SC (52, mais do que as do PR e RS juntos) e os gastos do governo do Estado em propaganda e publicidade.

Por fim, coube ao vice-governador Eduardo Pinho Moreira falar em nome do governador licenciado Raimundo Colombo. Dizendo ter orgulho de ser catarinense, Moreira lembrou que o Estado tem o menor índice de mortalidade infantil do Brasil, o menor índice de desemprego e o menor índice de criminalidade. Citou a característica conciliadora do governador Colombro e afirmou que a descentralização promovida no governo de Luis Henrique da Silveira possibilitou muitas conquistas ao Estado, usando como exemplo o acesso asfaltado a todos os municípios catarinenses.

Na área da Segurança Pública, Pinho Moreira disse que 5,5 mil policiais foram contratados no atual governo e que, no Pacto por Santa Catarina, estão previstas mais 6 mil vagas no sistema prisional. Como médico, o vice-governador lembrou que a tabela do SUS não é reajustada há mais de 20 anos. Para Moreira, é justo que o governador Colombo prossiga à frente do governo porque nunca existiu um volume tão grande de obras no Estado quanto agora.

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Via: economiasc.com.br