30 out 2014

Aumento da taxa Selic surpreendeu, diz Abigraf

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Para Ceregato, alta na taxa Selic para 11,25% ao ano semeia desconfiança em relação ao direcionamento que o governo dará à política econômica. Foto: Divulgação

Após o anúncio do Copom de elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano, representantes da sociedade dizem que a medida surpreendeu. “Resta saber como o governo irá conciliar os juros altos com a necessidade premente de mudar o drive do crescimento econômico para o investimento produtivo”, diz o presidente da Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), Levi Ceregato.

Ele diz que apesar da reeleição da presidente Dilma Roussef, o País vive um clima de transição. “Até em função disso, não se esperava que o Comitê de Política Econômica anunciasse alterações na taxa Selic, o que agudiza as perguntas que o mercado se faz no momento”, afirma Levi Ceregato,

Segundo ele, as autoridades econômicas e monetárias nacionais estão diante de um desafio que é a antítese do dilema chinês: “A China precisa aumentar o investimento em consumo interno para se manter crescendo, enquanto nós temos que mudar o drivedo crescimento econômico para o investimento em produção, infraestrutura e capital fixo”, diz Ceregato.

Argumenta que o difícil é equacionar pressões muito antagônicas. “De um lado, há a pressão inflacionária, que trabalha a favor da elevação dos juros e pode se acentuar com o inevitável reajuste dos preços controlados e a baixa arrecadação, somados ao aumento dos gastos públicos”, afirma.

Do outro, de acordo com Ceregato, está a necessidade de impulsionar o investimento produtivo para que o País ganhe competitividade e volte a crescer, retomando níveis de desenvolvimento compatíveis com sua importância econômica, o que, na visão de Ceregato, é inconciliável com juros altos.

“Nesse sentido, a alta na taxa Selic para 11,25% ao ano semeia desconfiança em relação ao direcionamento que o governo dará à política econômica”, diz ele.

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Via: economiasc.com.br