
Preços dos condicionadores de ar caíram até 50 vezes quando comparado há 5 anos e impulsionaram a compra dos aparelhos. Foto: Divulgação/Komeco
As lojas de Santa Catarina devem registrar, em média, um aumento de 20% nas vendas de aparelhos de ar condicionado, climatizadores e ventiladores durante esta temporada de verão na comparação com o mesmo período do ano passado. A procura por esses produtos nas lojas físicas é diária, motivada pelas fortes ondas de calor que atingem o Estado. A preferência do consumidor é pelo condicionador de ar Split, popular por refrigerar o ambiente, ser fácil de instalar, emitir menos ruído e consumir pouca energia.
A rede de Lojas Koerich já registra um acréscimo de 20% nas vendas até esta sexta-feira e a expectativa é de um crescimento ainda maior, tendo em vista que a procura é constante, tanto nas lojas físicas quanto nas vendas pela internet. Na Cassol Centelar, a busca por esses artigos cresce desde maio do ano passado, principalmente nas unidades localizadas na Grande Florianópolis. “Isso indica resposta imediata do consumidor a alterações de temperaturas”, afirma Fernanda Bortoluzzi, gerente de marketing da Cassol.
A fábrica catarinense Komeco, que produz aparelhos de ar condicionado, já trabalha com capacidade produtiva máxima, incluindo turnos extras, desde o início da temporada de verão. “Apesar de termos nos preparado para um crescimento de 20% em relação ao ano passado e estarmos conseguindo atingir nossas metas, mesmo assim não estamos dando conta da demanda do mercado”, explica Douglas Spessatto, coordenador de marketing da marca.
Para se ter uma ideia, tudo o que está sendo produzido hoje pela Komeco está reservado para as lojas. A expectativa de vendas da empresa é ainda maior daqui para frente, já que o pico de calor deve ocorre agora, entre o fim de janeiro e o mês de fevereiro, ao contrário de 2014, que ocorreu ainda em dezembro.
Para dar conta da demanda, a Lojas Koerich reforçou seus estoques no ano passado e realizou uma negociação diferenciada com seus fornecedores para que o produto não falte em suas lojas. Além disso, a rede realiza um controle diário do estoque desses produtos.
Preços
O diretor do escritório regional de Santa Catarina da ASBRAV (Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Aquecimento e Ventilação), Arivan Sampaio Zanluca, explica que a compra doméstica desses aparelhos de refrigeração é não programada, o que leva o consumidor a buscar o produto quando sente necessidade imediata de ter mais conforto em sua residência, por exemplo. “As pessoas se acostumaram com ambiente refrigerado em estabelecimentos comerciais e querem ter o mesmo conforto em sua casa”.
Mas não é só o calor que motiva o consumidor a levar um desses aparelhos para casa. Com a abertura de mercado, as fabricantes investiram em tecnologia e reduziram custos, o que ajudou a popularizar os aparelhos. Segundo estimativa da ASBRAV, os preços dos condicionadores de ar caíram até 50 vezes quando comparado há cinco anos, o que impulsiona a venda doméstica principalmente para as classes C e D. Além disso, o próprio aumento da população faz com que as vendas mantenham-se em ritmo acelerado.
O gerente de marketing da Komeco, Douglas Spessatto, analisa que a compra é ainda bastante racional e fatores como a classificação no consumo de energia do aparelho e a necessidade de manutenção contam bastante na hora da compra. O presidente da Lojas Koerich, Antônio Koerich, também observa essa característica do consumidor. “Ele busca, em sua grande maioria, produtos com selo A e B de consumo de energia – isso até em detrimento do preço – o que mostra uma mudança de comportamento do consumidor, que procura um produto com uma qualidade superior e que venha apresentar uma rentabilidade maior, além de demonstrar uma preocupação com sustentabilidade – frente às crises de água e energia que o país vem enfrentando e uma consciência com a economia”, afirma.
Classe C é a responsável por grande parte das vendas de aparelhos de ar condicionado. Foto: Divulgação
Mercado
A classe C é a responsável por grande parte das vendas de aparelhos de ar condicionado e, junto com a classe D, está adquirindo o seu primeiro aparelho após já terem investido na compra de ventiladores e climatizadores. Já as classes A e B estão comprando condicionadores de ar para os outros cômodos da casa ou optando por novas tecnologias. “Se levarmos em conta que hoje somente aproximadamente 15% dos domicílios com potencial de compra possuem aparelhos de ar condicionado, ainda temos 85% do mercado para atingir. Além disso, dentro destes 15% também existe possibilidade de negócio, pois há a recompra de aparelhos antigos ou a colocação de ar em novos cômodos. Nossa expectativa é grande para os próximos cinco anos”, analisa Spessatto.
Segundo levantamento do Zoom, site comparador de preços e produto, o valor dos modelos de ar-condicionado pode variar de R$ 854,14 a R$ 2668,00. Quem opta por ventiladores, tanto de mesa quanto de teto, encontra preços que vão de R$ 47,22 a R$ 314,91 de acordo com o modelo, marca e potência.
The post Venda de ar-condicionado em SC aumenta em até 20% appeared first on Economia SC.
Via: economiasc.com.br