Por Alexander Prado*

Quem já se aventurou no universo do empreendedorismo e startups sabe que há aspectos muito mais relevantes para o sucesso do que o volume de capital investido ou até mesmo as características do empreendedor. Entre eles, a visão de mercado é um dos mais decisivos. Essa premissa foi comprovada pela pesquisa “Causas da Mortalidade de Startups Brasileiras”, apresentada pela Fundação Dom Cabral em outubro de 2014, que investigou os motivos pelos quais essas empresas encerram suas atividades precocemente. O estudo comprovou que 25% das startups “morrem” antes do primeiro ano de vida e a metade delas, em menos de quatro anos.

Ao consultar fundadores de 221 startups, sendo 130 em operação e 91 já descontinuadas, a pesquisa focou na análise do empreendedor, das características das startups e do seu ambiente de negócios. Entre os fatores mais importantes para a sobrevivência das startups em operação, segundo os empreendedores, esta a aceitação do produto/tecnologia/serviço comercializado pelo mercado. O segundo fator é complementar a esse: a capacidade de adaptação dos gestores às necessidades e mudanças do mercado. Ou seja, a conquista de clientes será sempre um dos principais desafios para as empresas nascentes que buscam consistência, consolidação e segurança.

Sendo assim, é fundamental que, ao iniciar um negócio, haja investimento de recursos na análise do mercado. É importante, portanto, buscar com iniciativas que favoreçam o contato com possíveis clientes, o acesso ao mercado e que promovam a transferência de know-how. Nesse contexto, as aceleradoras corporativas podem ser um importante guia para o caminho das pedras das startups. Em Santa Catarina, a primeira iniciativa com este perfil é o programa Inove Senior.

*Alexander Prado é coordenador do programa Inove Senior e CEO da Acceleri (Aceleradora de Projetos)

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