
A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de quinta-feira, 22. Foto: Divulgação
A paralisação dos trabalhadores da aviação, ocorrida nessa quinsta-feira, 22, nos principais aeroportos do país, cancelaram voos e atrasaram outros. No entanto, o aviso feito de forma antecipada diminuiu muito os transtornos nos aeroportos.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Santa Catarina o resultado da paralisação foram quatro cancelamentos e três atrasos no aeroporto Hercílio Luz em Florianópolis. O aeroporto de Navegantes também apresentou atrasos.
Em São Paulo, no aeroporto de Congonhas, foram registrados 12 voos cancelados e 12 atrasados entre os 37 que estavam previstos desde o início da paralisação até as 8h. Viracopos teve quatro cancelamentos entre os dez voos previstos. A assessoria de imprensa do Gru-Airport informou que a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança durante os protestos. Nesse aeroporto, dez voos tiveram atrasos superiores a 30 minutos, entre as 18 partidas que estavam programadas. Não houve cancelamentos. Há previsão de efeito cascata nesses aeroportos para os próximos voos.
A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de quinta-feira, 22. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.
Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho, os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do efetivo trabalhando durante a paralisação, inclusive no horário das 6h às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) argumenta que a paralisação, durante a alta temporada de viagens, pode trazer prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para os usuários do transporte aéreo. O sindicato sustenta que a paralisação é ilegal por ter sido deflagrada sem o esgotamento das tentativas de negociação.
Entre as reivindicações dos aeroviários estão a criação de piso salarial para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67, jornada de 36 horas semanais. Os aeronautas pedem a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e um plano de previdência privada.
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Via: economiasc.com.br