09 dez 2014

Confiança do empresário de SC continua em baixa

Redução do acesso ao crédito contribui para o pessimismo, afirma Fecomércio SC. Foto: Divulgação

Redução do acesso ao crédito contribui para o pessimismo entre os empresários, afirma Fecomércio SC. Foto: Divulgação

A pesquisa que mede o índice de confiança do empresário catarinense (ICEC) registrou dois cenários distintos, nas comparações mensal e anual. Entre outubro e novembro deste ano, o ICEC teve aumento de 0,7%, alcançando 115,1 pontos, um indicador considerado baixo. Já na comparação com novembro do ano passado, o índice de confiança teve queda de -7,9%. Todos os subíndices que compõem os indicadores das condições atuais do comércio (ICAEC) também apresentaram queda na comparação mensal.

Para a Fecomércio SC, apesar de novembro trazer uma leve recuperação nos índices analisados, eles ainda se encontram em níveis reduzidos. O resultado mostra que o pessimismo dos empresários catarinenses com relação às condições atuais das suas empresas é considerável e causado, principalmente, pela redução do acesso ao crédito associado aos juros elevados, pelo crescimento reduzido dos rendimentos do trabalho e pela queda no volume de vendas.

As quedas anuais nos subíndices demonstram grande deterioração da confiança do empresário do comércio catarinense desde 2013, analisa a Fecomércio SC. Para o setor, o momento atual da economia é de cautela e reflete uma visão de insegurança em relação ao futuro, ainda que certa expectativa de melhora exista em grau reduzido. Uma das consequências do baixo volume de vendas observado no Estado é a queda de -13,3% no subíndice de condições atuais do comércio (CAC), entre 2013 e 2014. Na comparação mensal, variação de -1,1%. Em termos absolutos, o CAC ficou em 74 pontos.

Com isso, a Fecomércio SC explica que o mercado interno em deterioração faz com que as vendas desacelerem, gerando menos receita em uma estrutura de custos já elevados. Desta maneira, o resultado do varejo fica comprometido, marcando um cenário de grande pessimismo e de bloqueio dos investimentos. O mercado em deterioração pode ser explicado pelas restrições ao crédito associadas às altas taxas de juros, pelas persistentes pressões inflacionárias que tendem a se agravar com a desvalorização do real e com o reajuste dos combustíveis e pelo crescimento reduzido da renda e do emprego.

Expectativa

O índice de expectativa do empresário do comércio (IEEC), que vem mantendo o ICEC em uma situação acima dos 100 pontos, caiu -9% entre 2013 e 2014. Por outro lado, registrou aumento de 1,7% na variação mensal, resultando em 149,7 pontos em novembro. Os subíndices Expectativas da Economia Brasileira (EEB), Expectativa do Comércio (EC) e Expectativa das Empresas Comerciais (EEC) estão em consonância com o IEEC, apresentando índices acima da barreira dos 100 pontos, bem como quedas na variação anual e elevações na comparação mensal.

Para a Fecomércio SC, estes resultados indicam que a confiança do empresário do comércio para as possibilidades de vendas futuras ainda permanece positiva, mas a cautela será a palavra de ordem do setor nos próximos meses.

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Via: economiasc.com.br