
Bobby Betenson falou sobre a vontade do turista em ter a sensação de privilégio, de uma coisa rara, mas que não está necessariamente ligada ao dinheiro. Foto: Giovana Kindlein
Giovana Kindlein
As mudanças que ocorreram na percepção dos turistas globais sobre as viagens de luxo do século 20 para as viagens de luxo pós-modernas, que deixaram de lado o caro e aquilo ligado ao quê o dinheiro pode comprar, para se tornarem experiências únicas, raras e difíceis de serem reproduzidas foi uma das abordagens no primeiro Seminário Internacional de Turismo, nesta segunda-feira, dia 8, no Il Campanário Resort, em Jurerê Internacional, Florianópolis.
O encontro reuniu importantes lideranças do setor, como o secretário nacional de políticas de turismo, Vinícius Lummertz, a ex-presidente da Embratur e presidente da Advisory Board WTM Latin America, Jeanine Pires, os secretários de turismo de Florianópolis e Itajaí, respectivamente, Maria Cláudia Evangelista e Agnaldo Hilton dos Santos, e os empresários Nicolas Peluffo, do Ponta dos Ganchos Resort, e Joceli Cintra, proprietária da Jo Cintra Viagens e presidente de honra do Florianópolis Convention e Bureau.
O sócio-fundador da produtora de viagens personalizadas de luxo no Brasil Matueté, Bobby Betenson, falou sobre a vontade do turista em ter uma sensação de privilégio, de uma coisa rara, baseada na experiência subjetiva que não pode facilmente ser reproduzida, mas que não está necessariamente ligada ao dinheiro. “Muito deste conceito está em tranquilidade, silêncio, espaço e meio ambiente”, disse o especialista.
Segundo ele, Florianópolis preserva elementos muito autênticos e de beleza única como o Canto dos Araçás, na Costa da Lagoa. “Poderia se desenvolver algo muito sofisticado ali”.
“Contar para todo mundo que você beijou a garota mais bonita do colégio” é o mote do diretor-geral da Propaganda GEM, empresa líder em integração, ativação e conteúdo de marca em filmes de Hollywood, Lorenzo de Miranda. Ele falou sobre a influência do cinema no turismo. A empresa dele foi responsável pela propaganda de Tom Cruise em uma BMW, simulando cenas do filme Missão Impossível.
O secretário Nacional de Políticas de Turismo, Vinícius Lummertz, disse que o Brasil precisa de investimentos e o turismo pode trazer uma taxa de crescimento indutora muito importante, eficientizando as outras cadeias de produção. “Em Santa Catarina, nós temos a maior indústria de barcos do Brasil, mas não temos marinas. Com isso, não conseguimos desenvolver a indústria ligada ao mar. Nós não entendemos a lógica dessas plataformas”, afirmou.
Disse que o Ministério do Turismo está trabalhando a questão das orlas e um novo arcabouço jurídico e na regulamentação de uma lei de 1977 que prevê zonas especiais de interesse turístico. O Seminário Internacional de Turismo foi promovido pelo Lide Santa Catarina (Grupo de Líderes Empresariais).
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Via: economiasc.com.br