
O Indicador Antecedente de Emprego caiu para 74,5 pontos em novembro. Foto: Divulgação
Depois de forte crescimento em outubro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, recuou 0,3%, na margem, atingindo 74,5 pontos. Na série de médias móveis trimestrais, o indicador apresenta suave alta em novembro, movimento ainda insuficiente para confirmar a inversão na tendência de queda observada desde o início do ano.
Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV/IBRE, “O Indicador Antecedente de Emprego permanece em nível historicamente baixo sem tendência de forte recuperação no futuro próximo. Embora os dados mostrem otimismo – ou reversão do pessimismo – em alguns setores, o índice reflete um cenário de baixa expectativa na geração de vagas no próximo ano”.
Dentre as variáveis que mais contribuíram para a variação do IAEmp está a avaliação menos pessimista dos industriais sobre a situação atual dos negócios, com variação de 10,8%, que de alguma forma foi compensada pelos outros indicadores que compõem o índice e em especial pela percepção dos consumidores sobre a disponibilidade de emprego no futuro, que variou -10,1%. Cinco dos sete componentes contribuíram negativamente para o indicador.
O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, deServiços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), também da Fundação Getulio Vargas, subiu 3,0% em relação ao mês anterior, atingindo 74,4 pontos, o menor nível desde abril de 2010 (75,2 pontos). O resultado mantém a tendência observada nos meses anteriores e reflete a contínua piora da percepção do consumidor sobre as possibilidades de se conseguir emprego.
O indicador capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, sem refletir, por exemplo, a diminuição da procura de emprego motivada por desalento.
“Os resultados de novembro confirmam a desaceleração do mercado de trabalho doméstico na visão das famílias. A variação acumulada em três meses é negativa para todas as faixas de renda analisadas desde agosto de 2014, mostrando que a situação atual do emprego é bem menos favorável hoje.”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito daSondagem do Consumidor que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. As classes que mais contribuíram para a variação do ICD esse mês foram a segunda faixa mais baixa, das famílias com renda entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 5,9%; e a classe mais alta, das famílias com renda acima de R$ 9.600.00, com variação de 4,1%. (FGV/Ibre)
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Via: economiasc.com.br