
Fecomércio considera que houve retração do consumo devido ao encarecimento e à redução do crédito. Foto: Divulgação
No terceiro trimestre de 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) apresentou variação positiva de 0,1%, na comparação com o segundo trimestre do ano. Na análise da Fecomércio SC, este pequeno crescimento está relacionado ao baixo parâmetro de comparação do período anterior, que experimentou a redução das atividades econômicas por causa da Copa do Mundo. Com isso, pode-se concluir que a economia brasileira permaneceu praticamente estagnada neste ano.
Na comparação com igual período de 2013, houve variação negativa do PIB, de -0,2%. Já no acumulado dos quatro trimestres anteriores, tem-se crescimento de 0,7% e, no resultado acumulado do ano até setembro, há variação positiva de 0,2% em relação ao mesmo período de 2013. Em valores correntes, o PIB do terceiro trimestre de 2014 alcançou R$ 1.289 trilhão.
Pela ótica do gasto, a despesa de consumo das famílias variou negativamente de -0,3%, em relação ao trimestre anterior. Assim, observou-se uma retração do consumo, devido ao encarecimento e à redução do crédito, que resultam no baixo crescimento do comércio. A Fecomércio ressalta que o principal setor responsável pelo modesto crescimento do PIB neste período foi o governo, pois seus gastos historicamente se elevam próximo às eleições.
Os dados do IBGE também revelam um aumento de 0,5% no setor de serviços, com destaque para transporte, armazenagem e correio (1,4%) e intermediação financeira e seguros (0,6%). As demais atividades também registraram variação positiva: atividades imobiliárias e aluguel (0,5%), comércio (0,4%), administração, saúde e educação pública (0,4%), outros serviços (0,3%) e serviços de informação (0,1%).
No cenário geral, a Fecomércio SC observa que os resultados expressam o baixo crescimento da economia em 2014, que leva à estagnação. Para que a economia volte a crescer, a entidade alerta para investimentos em infraestrutura e para uma mudança na política econômica, com foco na melhoria na produtividade e na eficiência dos gastos públicos. Tal mudança já pode ser sentida com a escolha de Joaquim Levy como ministro da Fazenda e de Nelson Barbosa para o Planejamento, anunciada na última quinta-feira, dia 27, pelo governo federal. A entidade reforça também a importância das reformas tributária e trabalhista para estimular novamente os investimentos produtivos.
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Via: economiasc.com.br