29 ago 2014

Fecomércio alerta para estagnação da economia

Fecomércio SC entende  que as reformas tributária e trabalhista não podem mais ser postergadas. Foto: Divulgação

Fecomércio SC entende que as reformas tributária e trabalhista não podem mais ser postergadas. Foto: Divulgação

Diante dos dados do PIB para o segundo trimestre de 2014, divulgados pelo IBGE, a Fecomércio de Santa Catarina alerta que, para que este cenário de estagnação mude e o Brasil possa voltar a crescer, são necessários investimentos em infraestrutura e uma política econômica mais consistente, que vise incentivos à produção e à ampliação do mercado consumidor. A Fecomércio SC entende, também, que as reformas tributária e trabalhista não podem mais ser postergadas, para que seja possível estimular novamente os investimentos produtivos. Só assim, a produtividade da economia brasileira aumentará, e o país poderá retomar a rota de crescimento.

O resultado do PIB observado pelo IBGE foi uma variação negativa de -0,6% em relação ao trimestre passado, na série com ajuste sazonal. Agropecuária (0,2%) cresceu, mas a Indústria recuou -1,5% e os Serviços caíram -0,5%. Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou contração de -0,9% no segundo trimestre de 2014. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1,27 trilhão no segundo trimestre, sendo R$ 1,1 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

Pela ótica do gasto, o resultado negativo do PIB foi puxado pelas quedas da Formação Bruta de Capital Fixo (-5,3%) e da Despesa de Consumo da Administração Pública (-0,7%). Estes recuos foram parcialmente contrabalançados pela Despesa de Consumo das Famílias, que variou +0,3% em relação ao trimestre anterior. No que se refere ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,8%, enquanto que as Importações apresentaram queda de 2,1%. Tudo em comparação com o primeiro trimestre de 2014. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a formação bruta de capital fixo despencou 11,2%, Assim, a alta moderada do consumo foi insuficiente para compensar a queda dos investimentos.

A queda do PIB no segundo trimestre se deve muito a indústria, que com problemas na sua produtividade recuou, e segue não apresentando sinais de revitalização do último trimestre para cá. Os índices de confiança estão baixos e isso tem impacto nas decisões econômicas dos indivíduos. Essa queda se deve basicamente a má situação da indústria de transformação (queda de -2,2%) que viu suas exportações se reduzirem, e o consumo interno arrefecer. Com isso os investimentos, juntamente com as incertezas futuras, apresentaram o péssimo resultado no trimestre.

O setor de comércio e serviços também viu seus números se contraírem devido ao cenário de preços elevados no país, associado às altas taxas de juros, a diminuição do crédito e ao crescimento menor da renda, bem como a perda de dinamismo do mercado de trabalho, que não cria o mesmo número de vagas dos anos anteriores. Diante desse panorama difícil o volume de vendas caiu e os estoques aumentaram. Assim, a expectativa para 2014 é de baixo crescimento, quase estagnação.

The post Fecomércio alerta para estagnação da economia appeared first on Economia SC.

Via: economiasc.com.br