30 dez 2016

Empresários vêm recuperando confiança, intenção de consumo melhora e endividamento cai na comparação anual, apontam pesquisa

ICEC, ICF e PEIC trazem uma radiografia do setor do comércio no final do ano em Santa Catarina

Cautela será a palavra de ordem no comércio para os próximos meses. Segundo os indicadores econômicos analisados mensalmente pela Fecomércio SC, dezembro registrou números positivos, mas ainda longe do ideal para a retomada econômica. Os números confirmam que empresários e consumidores, apesar de cautelosos, estão otimista a longo prazo.

“Apesar de não atingirmos números expressivos a perspectiva de consumo, quando comparada ao ano anterior, aumentou motivada pela estabilização do emprego e da renda no estado que teve sua queda suavizada”, avalia o presidente da entidade, Bruno Breithaupt. O empresário ainda alerta para a necessidade que o pacote econômico que vem sendo colocado em prática, através das medidas anunciadas pelo governo federal, tenha a capacidade de conduzir a retomada econômica.

“O momento atual é de reequilibrar a economia, a fim de tornar viável um próximo período de crescimento econômico. Para tanto, a aplicação de medidas que tornam o gasto público mais responsável e a reestruturação do ambiente de negócios, com menos burocracia e custos reduzidos são imprescindíveis para a realização dessa tarefa”, pontua Breithaupt.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de dezembro manteve sua trajetória de alta, pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 107,2 pontos, em uma escala que vai de 0 a 200. O indicador registrou uma variação anual de 19,4%, permanecendo em um patamar positivo, indicando possibilidades em investimentos e de incremento nas vendas a longo prazo, diante de possíveis definições econômicas e políticas, por outro lado, aponta para manutenção da prudência em investimentos e contratações.

O estudo revela a percepção do empresário do setor em relação às condições atuais da economia, expectativa em relação a investimentos, contratação de funcionários e aquisição de estoque.

Confira a pesquisa na íntegra

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu pelo quarto mês consecutivo. Na comparação anual (3,9%) e mensal (2,4%), alcançando em dezembro 101,8 pontos. O resultado é animador, já que desde março, é a primeira vez que o indicador atinge o patamar satisfatório (acima dos 100 pontos), em uma escala que vai de 0 a 200.

Apesar de alguns indicadores ainda estarem em patamares abaixo dos 100 pontos, a exemplo do nível de consumo atual, (74,3) e acesso ao crédito (90,05), eles vêm registrando alta se comparado ao mesmo em período em 2015. Como a perspectiva de consumo, que não passou dos 57 pontos, mas teve uma variação anual de 39,4%. Mesmo apresentando resultado negativo, o índice já apresenta sinais de estabilização na queda.

Em geral, os números apontam para uma tendência de recuperação dos indicadores que avaliam emprego, perspectiva profissional, renda atual e o momento para bens duráveis.

Leia a pesquisa na íntegra

PEIC

Historicamente o mês de dezembro é marcado por uma alta no endividamento do consumidor quando comparado ao mês anterior. Neste ano, o índice registrou um leve aumento se comparado a novembro, subindo de 58,5% para 59%. Já em relação ao mesmo período no ano passado, que chegou a 62,9%, o recuo foi significativo. Os dados foram apontados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) referente ao mês de dezembro, realizada pela Fecomércio SC.

O cartão de crédito ainda se mantém como principal agente do endividamento do consumidor, sendo responsável majoritariamente pelas dívidas dos catarinenses (56,4%), seguido dos carnês (33,1%) e dos financiamentos de carro (28,6%) e da casa própria (17,3%).

Pelo Estado

A capital catarinense é a cidade com o maior percentual de famílias endividadas, o comprometimento da renda com dívidas alcança 86,5%. Também registra o maior percentual com contas em atraso (26,7%). O estudo apontou que os consumidores Blumenauenses são os menos endividados (47,1%) e inadimplentes (15%), a cidade é a melhor posicionada no índice das famílias que não terão condições de pagar, com apenas 8,4%.

Fonte:Fecomércio