18 mar 2015

Alpargatas cresce 8,3% no ano

Por Renato Muller

Empresa, dona de marcas como Havaianas, Osklen e Topper, fecha 2014 com faturamento de R$ 3,7 bi

O Grupo Alpargatas, controlador da marca Havaianas de sandálias, disse que em 2014 sua receita líquida chegou a R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 8,3% em relação ao exercício anterior. No Brasil o crescimento foi de 6,1%, enquanto as operações internacionais tiveram desempenho bem superior: +45,8% na Argentina, +22,2% na Europa e +17,3% nos Estados Unidos (em todos os casos, expansão nas moedas locais). Excluindo as variações cambiais, a alta no faturamento foi de 13,7%.

O câmbio também prejudicou os resultados do grupo. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) somaram R$ 470,5 milhões (contra R$ 494,4 milhões em 2013), mas excluindo as variações cambiais o resultado foi de R$ 589,3 milhões, ou 15,9% da receita líquida consolidada. No Brasil, o Ebitda recuou 25,5% no ano, enquanto as operações internacionais apresentaram melhora nos números.

A empresa disse que o Ebitda caiu em 2014 devido à redução do lucro líquido, de R$ 25 milhões investidos em marketing para a Copa do Mundo e do lançamento da linha de vestuário Havaianas (que, porém, teve uma aceitação acima do esperado pela companhia). O efeito negativo da variação cambial sobre os produtos importados e o custo da borracha (matéria-prima fundamental das sandálias Havaianas) também impactaram os resultados.

Com isso, no ano, o lucro líquido consolidado alcançou R$ 280,2 milhões, com queda de 9,6% na comparação com 2013, apesar de um crescimento de 16,8% nos resultados no quarto trimestre (para R$ 84,9 milhões).

Para 2015, a empresa terá como foco ampliar suas vendas, fortalecer o controle das despesas, aumentar a produtividade e priorizar a geração de caixa. Ainda assim, a Alpargatas pretende continuar a expandir suas redes de lojas, especialmente Havaianas. No caso da Osklen, adquirida no ano passado, o foco em 2015 será a captura de sinergias nas atividades de back office, operacionais e comerciais, além da preparação para a expansão internacional, que deverá se intensificar a partir de 2016.

Fonte: Portal No Varejo