16 maio 2020

Termômetro do Comércio de Balneário Camboriú aponta que vendas devem cair para 63,6% dos entrevistados

Um levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Balneário Camboriú (CDL BC) indicou que, para 63,6% do comércio local, em especial pequenas e médias empresas, as vendas cairão em maio. Aplicado entre o final de abril e o começo deste mês, o levantamento revelou também que, apesar da queda na movimentação, 63,6% não pretende fazer demissões.

De acordo com Rafael Bittencourt, vice-presidente da CDL, mesmo com a reabertura do comércio local na metade de abril, muitas pessoas estão resguardadas em suas casas, saindo somente quando necessário. “Por mais

que as empresas estejam adotando medidas preventivas ao contágio, os clientes estão resistentes para ir às compras, principalmente por restrições no orçamento familiar e por mudanças significativas nos hábitos diários, como lazer e trabalho”, explica.

Apesar das portas terem sido fechadas por quase 1 mês, quase metade dos entrevistados (48,5%) não dispensou colaboradores em abril. “O que estamos observando é que, com criatividade e coragem, os empresários estão se reinventando e buscando alternativas para geração de receita em seus negócios”, acrescenta Rafael. Ele Lembra que o setor está passando por um momento de muitas incertezas, principalmente no que se refere ao impacto econômico, desemprego e crescimento de contágios. “Por isso, estamos constantemente monitorando o comportamento do comércio da nossa cidade, assim como as medidas adotadas para a prevenção do contágio pela Covid 19”, completou.

Na opinião do vice-presidente da entidade, com o controle dos contágios e a adoção de hábitos de prevenção, gradativamente, as pessoas vão se sentindo mais confiantes para retomarem sua vida cotidiana e, consequentemente, voltar a consumir no comércio local.

Fluxo de caixa

Equilibrar o fluxo de caixa e manter o emprego, neste momento, é um grande desafio para qualquer empresário. “A grande maioria está sacrificando seu caixa para manter o emprego de seus colaboradores”, diz. Na avaliação de Rafael, algumas empresas não irão suportar por muito tempo, caso não ocorra um aumento em suas receitas. “Com as receitas comprometidas pela significativa diminuição da demanda, o caminho consiste em cortar despesas e custos de maneira mais profunda. A busca por novas formas de comercialização e distribuição como o e-commerce e o delivery são alternativas para equilibrar o fluxo de caixa”, acrescenta.

A redução da jornada de trabalho se tornou uma das alternativas para 61,5% dos empresários do comércio local. Rafael lembra que as empresas investem tempo e dinheiro na formação da sua equipe de trabalho, que é um ativo muito importante “No momento em que o governo facilita a redução da jornada de trabalho a fim de preservar os empregos e amenizar os custos com a folha de pagamento, tal alternativa deve ser realmente levada em consideração”, destaca.