07 ago 2013

Cesta básica cai em todas as capitais no mês de julho, indica Dieese

cesta_basicaTodas as 18 capitais que fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica apresentaram queda no preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais. A última vez em que houve recuo no preço da cesta em todas as localidades do levantamento realizado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi em maio de 2007, quando a pesquisa era realizada em 16 cidades. As informações são do portal Valor Online.

As retrações mais significativas, em julho, foram registradas em Brasília (queda de 8,86%), Florianópolis (variação negativa de 7,61%), Porto Alegre (recuo de 7,06%) e Goiânia (diminuição de 7,00%). As menores variações ocorreram em Salvador (menos 0,18%), Vitória (menos 1,55%) e Manaus (menos 1,82%).

São Paulo manteve o título de capital com cesta de gêneros alimentícios de primeira necessidade mais caros. Apesar do recuo de 3,82% ocorrido no último mês, o custo médio paulistano alcançou R$ 327,44. Vitória (ES) registrou o segundo maior valor, com R$ 310,73, seguida por Manaus (AM), cesta de R$ 310,52, e Porto Alegre (RS), com R$ 305,91.

Os menores valores médios foram observados na capital sergipana Aracaju (R$ 239,36), Salvador (BA), com R$ 259,73, e Campo Grande (MS), que teve cesta de gêneros alimentícios de R$ 264,87.

No acumulado do ano, entre janeiro e julho, somente em Florianópolis (SC) a cesta básica apresentou queda, de 2,08%. Nas demais 17 localidades houve alta, com os maiores aumentos verificados no Nordeste – região que atravessa período de forte seca: Aracaju (17,30%), João Pessoa (15,85%), Salvador (14,36%), Natal (13,34%) e Recife (12,46%). Belo Horizonte (0,89%), Goiânia (2,34%), Curitiba e Brasília (ambas com 3,08%) apresentaram as menores variações acumuladas.

Em 12 meses, as maiores altas foram encontradas em Salvador (18,72%), João Pessoa (18,13%) e Recife (17,81%). Os menores aumentos acumulados foram verificados em Belo Horizonte (1,81%), Porto Alegre (1,98%) e Brasília (3,22%).

Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário em julho deste ano deveria ser de R$ 2.750,83, ou seja, 4,06 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Em junho, o mínimo necessário, equivalia a R$ 2.860,21, ou 4,22 vezes o piso vigente. Em julho de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.519,97.